Seminário “Economia da Cultura: Aprendizados a partir da Zona Sul de São Paulo”

No último dia 18 de março de 2019, na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, ocorreu o Seminário “Economia da Cultura: Aprendizados a partir da Zona Sul de São Paulo”. O seminário foi promovido pela Estação de Pesquisa Urbana M’Boi, com o apoio do Fundo de Pesquisa da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) ao projeto de vulnerabilidades urbanas do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (CEAPG).

Buscando estimular o diálogo sobre políticas e ações culturais para (e a partir das) regiões periféricas, o Seminário foi organizado a partir de três mesas, e as discussões ali realizadas comporão um livro, como forma de registro da história e trajetória dos participantes, as suas estratégias atuais de sustentabilidade financeira e os desafios futuros.

A primeira mesa teve como tema “Políticas Culturais em áreas periféricas”. Com o intuito de trazer um panorama geral dos desafios e avanços nos últimos anos e debater sobre as diferentes conceituações de Economia da Cultura e a importância da continuidade das políticas culturais nos próximos anos, estiveram presentes:

  • O moderador desta mesa, Fernando Burgos, professor do departamento de Gestão Pública e Coordenador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.
  • Alexandre Youssef, Secretário Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de São Paulo
  • Marcio Black, da Fundação Tide Setubal
  • Ana Carla Fonseca, da Garimpo Soluções
  • Gil Marçal, do Instituto Criar de TV e Cinema

A segunda mesa discutiu as estratégias de financiamento para a cultura, foco dos três anos de pesquisa do Eixo Economia da Cultura da Estação de Pesquisa Urbana M’Boi de Pesquisa Aplicada. Os participantes compartilharam de suas aprendizagens com o intuito de abrir um espaço para os coletivos debaterem sobre os financiamentos público e privado, reflexões sobre a dificuldade na captação desses recursos e quais soluções e inovações poderiam ser pensadas dentro desse tema. Estiveram presentes:

  • O moderador desta mesa, Wellison Freire, membro da equipe do Eixo Economia da Cultura e pesquisador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas.
  • Ronaldo Matos, do Coletivo Desenrola e Não me Enrola
  • Egeu Esteves, professor da UNIFESP
  • Laura Angélica Moreira Silva, membro da equipe do Eixo Economia da Cultura e pesquisadora do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas.
  • Luiz Claudio Souza, do Bloco do Beco

A terceira e última mesa debateu os efeitos que as organizações culturais estabelecem na região de M’Boi Mirim. Foram relatadas histórias de coletivos e de indivíduos que obtiveram financiamentos para a cultura, com o intuito de promover uma reflexão sobre quais foram os impactos para as áreas e pessoas que tiveram contato com as atividades culturais realizadas. Estiveram presentes:

  • O moderador desta mesa, Lucio Bittencourt, professor da Universidade Federal do ABC
  • Diane Padial, do coletivo Felizs - Feira Literária da Zona Sul
  • Alexandre Miguel Ribeiro, autor do livro ‘Reservado’
  • Fernando Ferrari, da Rede Popular de Cultura M’Boi Campo Limpo
  • Roberth Tavanti, pesquisador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas
  • Tiago Matheus, professor do Departamento de Gestão Pública da FGV EAESP e pesquisador do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas

Agradecemos imensamente a todos os envolvidos, e reforçamos que as discussões presentes no Seminário serão transcritas em um livro, pensado para e a partir das experiências de organizações e coletivos de cultura da região de M’Boi, que possa contribuir para sua continuidade.

Entendemos que se nossos estudos forem feitos no mesmo lugar, a fim de se poder aprofundar a análise das complexidades urbanas, é nossa obrigação ética como coletivo interuniversitário ser de maior utilidade para o próprio lugar. Esta é a postura, compartilhada por outras estações de pesquisa aplicada, de “pesquisa em ação”. Neste sentido, a Estação de Pesquisa Urbana M’Boi é o resultado de um trabalho que teve início em 2013 com o apoio do Fundo de Pesquisa da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) ao projeto de vulnerabilidades urbanas do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (CEAPG).

 

sexta-feira, Abril 5, 2019 - 15:01